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domingo, 10 de agosto de 2014

Bullying

É uma forma de assédio ou intimidação com forte componente de humilhação. | Infância e Adolescência | Família |




O fenômeno do assédio escolar é bastante conhecido e tem denominação auto-explicativa em português, "assédio escolar", sem nenhuma necessidade de se recorrer à outro idioma para tal, entretanto, tendo em vista a grande abrangência do significado da palavra da língua inglesa, o título desse artigo será mesmo Bullying.
Devido a dificuldade em traduzi-lo para outras línguas a adoção do termo é universal. Em 2005, durante a realização da Conferência Internacional Online School Bullying and Violence, concluiu-se que o amplo conceito da palavra bullying dificulta a escolha de um termo correspondente em outros idiomas, entre eles o alemão, francês, espanhol e português (Visionary.net, 2005).
A palavra "bully" em inglês significa valentão, assim, bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou um grupo com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo incapaz de se defender. Assim sendo, o termo bullying descreve uma forma de ofensa ou agressão de uma pessoa ou um grupo sobre alguém mais fraco ou mais vulnerável.
A rigor a psiquiatria não teria nada a ver com o bullying em si, principalmente por se tratar de um comportamento vindo de pessoas supostamente normais, pessoas apenas com carência de valores morais e com elevada dose de maldade. A psiquiatria não deve se envolver em ambiente tão sórdido, deixando para essas questões éticas soluções éticas e de responsabilidade de nosso sistema sociocultural.
Mas a psiquiatria deve se ocupar sim, das conseqüências extremamente patológicas e mórbidas que o bullying pode produzir em suas vítimas. Nesse caso a psiquiatria pode e deve envolver-se, juntamente com a cumplicidade de outros setores da sociedade, pois não se trata de poucas pessoas envolvidas. Estudos indicam que a prevale^ncia de vítimas de bullying varia entre um mínimo de 8% a um máximo de 46%. Os agressores aparecem nas pesquisas entre um mínimo de 5% e um máximo 30% (Neto, 2004 -Fekkes, 2005).
A idade da vítima de bullying mais prevalente se situa entre 11 e 13 anos, sendo menos freqüente na educação infantil que no ensino médio (Eslea, 2001). Os agressores masculinos são prevalentes, entretanto, as meninas podem exercer formas mais sutis ou, como vimos, mais indiretas de bullying, dificultando assim a percepção da agressão. Há boas razões para se acreditar que a prevalência do bullying esteja sendo subestimada, tendo em vista o fato de que a maioria dos atos de bullying ocorrem fora da visão dos adultos e de que a maioria das vítimas não queixa da agressão, seja por constrangimento ou por saber que pouco farão por elas.
A prevenção do bullying é um trabalho bastante complexo e se constitui em medida necessária de saúde pública e de relevância sócio-política, já que está relacionada ao pleno desenvolvimento da personalidade das pessoas, ao preparo para a convivência social sadia e segura. As pesquisas mostram dados interessantes sobre a violência, sendo um deles relativo a uma das formas mais visíveis de violência na sociedade; a violência juvenil, aquela cometida por pessoas com idades entre 10 e 21 anos.
Mostram também, as pesquisas, que grupos de comportamento violento antes da puberdade tendem a ter atitudes cada vez mais agressivas, ações cada vez mais graves na adolescência e persistência de comportamento violento na fase adulta. É como se a sociedade toda fosse apenada por não ter coibido energicamente o comportamento violento quando deveria... tenha sido tal omissão inconseqüente feita em nome do tal "estatuto da criança e adolescente", fosse por conta de alguma interferência pseudo-humanista e demagógica de frações sociais barulhentas e mal informadas.
O termo "violência escolar”é bastante abrangente. Seu estudo analisou, inicialmente por volta da década de 80, as depredações e agressões ao patrimônio escolar. Na década de 1990 os estudos se voltam para as relações interpessoais agressivas, envolvendo alunos e professores. No início da década de 2000 o bullying finalmente chama atenção dos pesquisadores. Sposito, 2001). Portanto, as pesquisas sobre bullying são relativamente recentes, aparecem mais a partir da década de 90, principalmente com o sueco Olweus (1993),  Smith e Sharp (1994), Ross (1996) e Rigby (1996), conforme citado por Aramis Lopes Neto (2004).
O termo "violência escolar", por sua vez, é mais abrangente, envolve o bullying e muito mais. Diz respeito a todos comportamentos agressivos e anti-sociais, incluindo o bullying, as agressões interpessoais, danos ao patrimônio e outros atos criminosos que têm a escola como cenário.
O comportamento do bullying é uma forma de assédio ou intimidação com forte componente de humilhação. Ele pode ser de dois tipos; direto e indireto. O tipo direto, próprio da agressão masculina, se faz diretamente sobre o agente agredido, sem intermediários, e deve ter as seguintes características:
1. O comportamento é maldoso, agressivo e negativo com objetivo de produzir dolo;
2. Esse tipo de comportamento é repetitivo;
3. Esse tipo de comportamento ocorre em desequilíbrio de poder, com vantagem do agente agressor em comparação ao agente agredido.
O assédio intimidativo não envolve obrigatoriamente um ato criminoso ou uma violência física. Isso aumentaria as chances de coibição, proibição e punição. Muitas vezes o sofrimento é ocasionado dissimuladamente por meio de abuso psicológico ou verbal. No entanto, as cicatrizes emocionais são tão ou mais duráveis que aquelas produzidas por agressões físicas.
ALGUNS EXEMPLOS DAS ATITUDES NO ASSÉDIO INTIMIDATIVOInsultos e depreciações diretas
Ataques físicos ou psicológicos repetidos
Desrespeito e destruição de propriedades da vítima
Divulgar rumores depreciativos sobre a pessoa
Obrigar a vítima a comportamentos que ela não quer
Envolver a vítima em situações problemáticas e complicadas
Depreciar publicamente a família da vítima
Estimular outras pessoas ao bullying contra a mesma vítima
Depreciar a aparência, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade da vítima
 Favorecer o isolamento social da vítima
 Envergonhar a vítima na frente das pessoas.

 Bullying Feminino
 O tipo indireto desse assédio escolar é a forma mais comum de bullying do sexo feminino. Geralmente a conseqüência é forçar a vítima a se sentir diminuída e ao isolamento social, obtido por meio de várias técnicas. Isso inclui:

1. Espalhar comentários (fofocas);
2. Recusar acolher ou socializar com a vítima;
3. Intimidar outras pessoas que possam acolher a vítima;
4. Ridicularizar a vítima através de vários meios (internet e outros), e sobre diversos aspectos pessoais (incluindo etnia, religião, situação sócio-econômica, aspecto físico, incapacidades, etc.).



 Atualmente está em moda o chamado cyberbullying, que é a utilização dos meios da internet para exercer o bullying, tais como criar páginas, comunidades ou perfis falsos e negativos sobre a vítima, principalmente em sites de relacionamento, publicação de fotos comprometedoras, etc. Algumas vezes o bullie (que é o valentão ou valentona chefe do bullying) usa da grafitagem depreciativa como método de agressão.
 Cyberbullying

Uma das características mais evidentes do bullying é o desequilíbrio de poder entre o agressor ou agressores e a vítima, seja esse assédio produzido na escola, universidade, trabalho, clube, etc. Por isso, talvez, o termo intimidação, em português, seja mais adequado que assédio escolar.
Ambiente Escolar e Social
Estudos das influências do ambiente escolar sobre o desenvolvimento acadêmico do jovem já são bastante conhecidos. Entretanto, é importantíssimo também a influência do ambiente escolar na saúde emocional da pessoa, no presente e no futuro (Samdal, 2004).

O acolhimento no ambiente escolar não é importante apenas para a qualidade da vida emocional da pessoa, mas também é relevante em relação ao aproveitamento e desenvolvimento escolar. Algumas pesquisas mostram que o relacionamento inter-pessoal e a aceitação pelos colegas é muito importante, tanto nas crianças quanto nos adolescentes (Ravens-Sieberer, 2004).
O bullying e a vitimização representam diferentes tipos de envolvimento em situações de violência na infância e adolescência. O bullying é uma forma de afirmação de poder interpessoal através da agressão e humilhação. A vitimização, por sua vez, ocorre quando uma pessoa se faz receptora do comportamento agressivo de uma outra mais poderosa ou popular inconscientemente. Tanto o bullying como a vitimização têm conseqüências negativas imediatas e tardias, seja para os agressores ou para as vítimas e observadores.
Uma das dificuldades para a participação da escola no manejo do bullying é que esse tipo de comportamento agressivo é tradicionalmente admitido como natural, fisiológico, aceito por ignorância ou comodidade como se fosse próprio da juventude, portanto, não é valorizado pelos educadores e nem pelos pais, exceto pelos pais da vítima.
Se a escola e a sociedade têm esmerada preocupação com o Estatuto da Criança e do Adolescente, que é um documento onde estão previstos os direitos da criança e do adolescente ao respeito e à dignidade, como ficamos quando as próprias crianças e adolescentes desrespeitam seu próprio estatuto em relação às outras crianças e adolescentes? (veja nesse site A Maldade da Infância e Adolescência)
E por uma série de vícios sociais politicamente corretos a escola tem grande dificuldade em aplicar a disciplina que a sociedade espera dela. Primeiro, na escola particular, alguns pais com o péssimo e quase esquizóide habito de achar seus filhos têm sempre razão, defendem suas atitudes incondicionalmente em detrimento das tentativas disciplinadoras da escola. Com isso esses pais acabam estendendo à escola a incapacidade que têm em estabelecer limites e responsabilidades aos seus filhos. Caso não sejam satisfeitos os privilégios dessas crianças, ameaçam tirá-los da escola.
Na escola pública, por outro lado, embora a atitude de alguns pais em relação ao entendimento que têm sobre as condutas de seus filhos seja a mesma visto anteriormente, eles não têm o instrumento da ameaça de causar um prejuízo econômico tirando seu filho da escola, tal como fazem os pais da escola particular. Nesse caso eles ameaçam fisicamente professores e diretores. Ou pior ainda; dizem que vão à televisão reclamar do abuso cometido contra a fragilidade de seus filhos.
Essas variáveis e dificuldades fazem com que a escola seja completamente ou quase completamente omissa na questão do bullying, por interesse, medo ou comodidade. Assim sendo, a aparente aceitação dos adultos e a conseqüente impunidade favorecem a perpetuação desse comportamento agressivo.
Os Valentões do Bullying
Algumas condições adversas parecem favorecer a agressividade nas crianças e adolescentes. Essas condições podem ser constitucionaispsicológicas e ambientais. O fator constitucional mais grave e irreversível que invariavelmente proporciona conduta delinqüencial é o chamado Transtorno de Conduta (Veja mais).

Felizmente o Transtorno de Conduta não é tão comum, mas quando aparece é definitivo e não comporta tratamento. Tendo em vista sua gravidade, o Transtorno de Conduta só deve ser diagnosticado se satisfizer os critérios dos manuais de classificação (CID.10 e DSM.IV).
Transtorno do Controle dos Impulsos, tipo Explosivo Intermitente, é outra condição constitucional capaz de se manifestar com agressividade, baixíssimo limiar de tolerância e impulsividade, mas não necessariamente com maldade.
Outros fatores individuais predominantemente constitucionais também influem nos comportamentos agressivos, como por exemplo, a hiperatividade, impulsividade, distúrbios comportamentais, dificuldades de atenção, pouca inteligência e desempenho escolar deficiente.
As condições psicológicas determinantes da agressividade do bullying parecem mais comuns que aquelas constitucionais. Um tipo comum de agressor é aquele que tem opiniões positivas sobre si mesmo, geralmente é mais forte que sua vítima, sente prazer em dominar, causar danos e sofrimentos aos outros.
Geralmente o autor do bullying se empenha muito em ser popular, é tipicamente expansivo, barulhento, tende a se envolver em comportamentos infratores e anti-sociais (Griffin, 1999). Pode tratar-se de pessoa impulsiva, mas não obrigatoriamente e vê sua agressividade como qualidade, provavelmente por ser um comportamento reforçado pelo meio.
Via de regra o agressor tem uma personalidade autoritária e uma forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido observado no autor de bullying uma deficiência em habilidades sociais e pontos de vista preconceituosos. Algumas pesquisas mostram que os agressores são mais envolvidos em comportamentos de risco para a saúde, tais como: fumar, beber em excesso (King, 1996) ou usar drogas (DeHaan, 1997).
Quanto às condições ambientais envolvidas no bullying, algumas pesquisas identificam no agressor uma certa desestrutura familiar, um relacionamento afetivo pobre, excesso de tolerância, permissividade ou falta de limites. Há ainda maior incidência de maus-tratos físicos ou comportamentos explosivos dos pais como afirmação de poder.
Quando se percebe a combinação de baixa auto-estima com atitudes agressivas e provocativas de bullying, há maior probabilidade de que o agressor tenha alterações psicológicas merecedoras de atenção especial, tais como, por exemplo, quadros depressivos. No entanto, isso é raro e há poucas evidências de que os autores de bullying sofram de qualquer déficit de autoestima. Por outro lado, a inveja e o ressentimento podem ser motivos para a prática do assédio escolar, ao mesmo tempo estima-se que aproximadamente 20% dos autores de bullying tambe´m tenham sido vítimas dele.
Os alunos que testemunham o bullying e ao invés de qualquer participação reparadora ou aliviatória, limitam-se a rir dos episódios de agressão, devem ser classificados como auxiliares ou cúmplices, pois funcionam como incentivadores, incitadores e estimuladores do autor. Muitos desses alunos que começam sendo apenas testemunhas omissas acabam acreditando que o uso de comportamentos agressivos contra os colegas é o melhor caminho para alcançarem a popularidade e o poder. Com isso podem acabar aderindo ao bullying por pressão dos colegas.
Outros alunos são apenas observadores protetores, preferem se afastar ou defender a vítima. Alguns desses alunos seguindo uma boa orientação familiar, chegam a chamar um adulto para interromper a agressão.
Conseqüências
Embora o bullying tenha efeitos variados entre as crianças e adolescentes, em geral existe uma relação direta de suas conseqüências com a freqüência, duração e severidade das agressões. Suas vítimas sofrem conseqüências a curto e longo prazo. As dificuldades emocionais e escolares são as mais imediatas. As dificuldades emocionais persistem por muito mais tempo, sendo a depressão com baixa autoestima a principal seqüela.

Os autores de bullying, por sua vez, a longo prazo podem apresentar conseqüências sociais e legais. Quanto mais jovem for a criança agressiva e autora do bullying, maior será o risco de apresentar problemas associados a comportamentos anti-sociais em adultos, tais como a instabilidade no trabalho, nos relacionamentos afetivos, nas questões éticas (Due, 1999).
O testemunho de atos de bullying acompanhado de omissão é, por si só, um ato culposo. Isso pode trazer conseqüências de arrependimento, sensação de impotência, culpa, omissão. Presenciar o bullying pode proporcionar nos demais alunos uma malformação de caráter, de valores, descrença na instituição, banalização da contravenção, inversão de valores morais, de justiça, entre outros.
O comportamento dos pais dos alunos agressores é importantíssimo para a prevenção do problema. Na questão do bullying, nenhum pai deve se sentir mais aliviado porque seu filho não está sendo vítima. Os agressores terão seríssimos problemas de conduta, comportamento e moral no futuro, caso não sejam prontamente corrigidos. As outras crianças que "não tomam partido", estão longe de serem inocentes. São cúmplices.
Os pais das vítimas do bullying devem ter conduta fortemente intervencionista. A indiferença e a falsa crença de que isso "é coisa de criança" pode fazer com que a vítima sofra intensos sentimentos de abandono. O inconformismo, a revolta e a ira podem comprometer o desenvolvimento da personalidade dessas crianças. A negação ou indiferença da escola e dos professores pode gerar na criança a sensação de traição ou a descrença e desconfiança no sistema, pode ainda estimular uma falsa crença no triunfo da injustiça e no sucesso da maldade.

O que fazer
A maioria dos alunos não se envolve diretamente em atos de bullying e geralmente se cala por medo de ser a próxima vítima, por não saberem como agir ou, infelizmente, por já estarem descrentes das atitudes da escola, da instituição e da autoridade.

Esse silêncio e omissão acaba sendo interpretado pelos autores do bullying como aval para suas atitudes ou confirmação de seu poder, o que ajuda a perpetuar a situação e acobertar os autores desses atos. Por isso os adultos devem sempre estimular seus filhos a denunciarem o bullying, senão à própria escola, no mínimo através deles, pais.
Lopes Neto mostra que grande parte dos alunos que testemunham o bullying sente simpatia pelas vítimas e condena o comportamento dos agressores. Cerca de 80% dos alunos não aprovam os atos de bullying e deseja que os professores e a escola intervenham mais efetivamente. Segundo esse autor, quando as testemunhas interferem e tentam cessar o bullying, tais ações são efetivas na maioria dos casos. Por isso é importante incentivar o uso do poder do grupo contra o autor ou os autores do bullying, fazendo com que eles se sintam sem nenhum apoio social.
Medidas preventivas
Avaliar o bom desempenho dos alunos pelas notas ou cumprimento das tarefas não e´ suficiente. A escola deve monitorar as habilidades ou possíveis dificuldades que seus alunos possam ter em seu convívio social, no relacionamento com os colegas. Esta é uma atitude obrigatória da instituição em quem se confia a responsabilidade pela educação e segurança de seus alunos.

A prevenção do bullying deve envolver a todos, ou seja, os pais, a escola, os colegas e até a mídia. Para a melhor prevenção é necessário perceber o bullying precocemente. Se a escola deve cumprir seu papel de observação atenta, mais atenta ainda deve ser a família.
A criança vítima de bullying apresentará algumas alterações obrigatoriamente. O sofrimento emocional se traduz em diferenças no comportamento ou em representações orgânicas, assim, pode-se dizer que essas alterações acontecem na esferacomportamental, escolar, emocional e, muitas vezes, físico. Não é necessário que a criança apresente todas alterações referidas abaixo como indício de assédio escolar, mas quanto mais graves forem as agressões mais sintomas aparecerão.
O comportamento reflete insegurança em relação à escola, atitudes evasivas e evitativas em relação às aulas. A criança pode ainda mostrar irritabilidade, tendência ao isolamento, inibição social. Há choro fácil e mau humor. O rendimento escolar pode sofrer prejuízo, mas isso não é obrigatório.
Embora não seja tão comum, pode haver alterações alimentares, tais como a perda de apetite, mais comum em meninos e bulimia, predominante em meninas. Além das alterações do sono, a criança ofendida pelo bullying pode fazer xixi na cama (enurese noturna) e ser aterrorizado por pesadelos.  
Organicamente é possível haver diarréia crônica (síndrome do intestino irritável), gastrite, asma brônquica, dermatites e alergias, tudo isso de fundo emocional. A criança pode apresentar ainda depressão emocional, crises de tristeza, ansiedade, medo e pânico.
A escola e os pais devem encorajar os alunos a participarem ativamente da vigilância e do desestímulo dos atos de bullying, uma vez que o enfrentamento por parte dos outros alunos mostra a falta de apoio ao agressor ou agressores.

para referir:
Ballone GJ - Bullying - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, abril de 2011.


 


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